Nasceu em Passo Novo, interior de São Borja (hoje Santo Antônio das Missões, RS). Filho de Clarel Amaro Lopes e Dejanira dos Santos Lopes, é casado com Mara Genro Lopes, com quem tem um filho, Vítor. Desde jovem, quando estudava na escolinha rural, demonstrava pendores para as letras e suas redações tinham temáticas gauchescas. Lia, nos livros didáticos, os poemas dos gaúchos Lobo da Costa, Vargas Netto, Lauro Rodrigues; e dos paulistas Paulo Setúbal e Cornélio Pires. Além disso, escutava os programas de rádios, do Rio Grande do Sul e de São Paulo que, aliado à vivência campeira, moldou o seu espírito REGIONALISTA, o culto à BRASILIDADE!
Em 1981, transferiu-se para Santa Maria, onde cursou Direito na UFSM e intensificou suas pesquisas sobre a Música Popular. Dentro da Metodologia, pesquisou e escreveu em co-autoria com o jornalista Vitor Minas, o livro "PEDRO RAYMUNDO", da coleção "Esses Gaúchos", publicado pela Editora Tchê!/RBS em 1986. Biografias das personalidades que projetaram o Rio Grande nacionalmente e em comemoração ao Sesquicentenário da Revolução Farroupilha. Pedro Raymundo foi quem gravou a primeira música regional gauchesca de sucesso nacional: o xote "Adeus, Mariana". Formado, Israel Lopes passou a advogar em São Borja, mas continuou com suas pesquisas. Colaborou de 1988 a 1991, no CADERNO DE CULTURA encarte da "Folha de São Borja", editado pela poeta Apparício Silva Rillo e pelo Jornalista Renato Andres.
Ativista cultural, assumiu o Departamento de Letras do Centro Cultural de São Borja em 1997, quando, com os escritores Ramão Aguilar e Antônio Jesus de Andrade, criou o Concurso Literário Vargas Netto. Em 1998, foi um dos vencedores do Concurso Literário Internacional A Integração Cultural do Mercosul, com o ensaio "A Importância dos RITMOS DE FRONTEIRAS na Integração Cultural do MERCOSUL", publicado pela UFPel (de Pelotas). Nesse trabalho, provou que a integração cultural já existia de há muito, antes da oficialização do MERCOSUL, mas através da música. O ritmo Milonga entre Argentina, Uruguai e Brasil (através do RGS); o Tango entre Argentina e Brasil; o Chamané entre Argentina e Brasil (através do RGS) e a Guarânia e a Polca Paraguaia, entre Paraguai e o Brasil (através das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Em 1999, lançou o livro "TURMA CAIPIRA CORNÉLIO PIRES - Os Pioneiros da Moda-de-Viola em 1929", na "40ª Semana Cornélio Pires", em Tietê, SP, quando palestrou sobre o folclorista paulista. Para escrever esse livro, entrevistou os remanescentes da Turma Caipira, entre eles Sorocabinha, que guardava todas as matérias dos jornais da época, o que enriqueceu a pesquisa no tocante às fontes primárias. Ainda em 1999, publicou em co-autoria com o também pesquisador são-borjense Ramão Aguilar, o livro "MAJOR MAXIMIANO BOGO - Um dos Baluartes do Tradicionalismo Gaúcho", onde faz referências a vários nomes do cancioneiro gaúcho.
Israel Lopes também é autor do livro "TEIXEIRINHA, O Gaúcho Coração do Rio Grande", da Fundação Vitor Mateus Teixeira e EST EDIÇÕES. O livro fez parte do "Projeto Teixeirinha - Memória Nacional, da Fundação Teixeirinha, cujo lançamento oficial ocorreu em Passo Fundo, no dia 3 de março de 2007 para comemorar a data do nascimento do artista, que se vivo estivesse, teria completado 80 anos. Pois embora, nascido em Rolante, radicou-se em Passo Fundo, e foi lá que compôs o seu clássico "Coração de Luto", que "estourou" em 1961, num sucesso absoluto nos quatro cantos do Brasil e atingiu o exterior. Um grande público se fez presente no evento. Também, compareceram, familiares do cantor, a viúva, dona Zoraida, o filho Teixeirinha, as filhas e netos, quando a advogada Elizabeth Teixeira, abriu a solenidade e descatou a seriedade da pesquisa de Israel, resultando no primeiro livro biográfico de Teixeirinha. Por isso, fez parte do Projeto. O livro, também foi lançado em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mário Quintana, com a presença dos filhos do artista: Elizabeth Teixeira (advogado e diretora da Fundação) e Teixeirinha Filho (também cantor). Compareceram vários intelectuais e admiradores da obra do artista. A reportagem da RBS TV compareceu e retransmitiu no outro dia, no jornal "Bom Dia, Rio Grande", quando o folclorista Paixão Côrtes, que também esteve presente no lançamento, assim se manifestou: "Esse trabalho do Israel sobre Teixeirinha, O Gaúcho Coração do Rio Grande, é uma preciosa contribuição. Um trabalho sério, com muita propriedade e riqueza de expressão, que irá se somar a outros sobre a História da Música do Rio Grande do Sul". Pois, nesse livro, procurou mostrar a importância do autor de "Querência Amada", dentro do contexto cultural do Estado, fazendo um histórico da diversidade músical do Rio Grande do Sul, respeitando cada um dos Estilos. Pois Teixeirinha se lançou no disco, numa época muito difícil, quando ainda não havia Festivais de Música Nativista no Rio Grande do Sul. A obra também foi lançada em São Borja, com sessão de autógrafos, no dia 3 de agosto, na Câmara de Vereadores, com a presença de várias pessoas admiradoras da arte de Teixeirinha, intelectuais, escritores, poetas, advogados e tradicionalistas. Foi novamente lançado em Porto Alegre, na 53ª Feira do Livro, no dia 4 de novembro, com a presença de familiares, um bom público de admiradores, e também vários intelectuais.
Atualmente Israel Lopes está escrevendo um livro sobre "PIRATÍNI", que além de ter sido um Show-man no Rádio em Porto Alegre, nas décadas de 1930 e 1940, apresentando programas de "calouros", como a HORA DO BICHO, foi compositor, parceiro do Lupi, na música "O Amargo", e tinha um famoso Regional, do qual fazia parte o Caco Velho. Outro livro, que está elaborando é sobre "PEDRO RAYMUNDO, O Pioneiro do Gauchismo", numa pesquisa bem mais profunda(que dá primeira biografia do cantor). Pesquisou nos arquivos dos jornais, nas mesmas décadas mencionadas ao de Piratíni, onde conseguiu muitos dados sobre os programas regionais que apresentava na Rádio Sociedade Gaúcha, com o seu famoso Quarteto dos TAURAS.
Israel, como pesquisador atuante da cultura popular, também tem colaborado com artigos em jornais, destacando a importância dos payadores da Música Missioneira do Rio Grande do Sul, entre os quais Noel Guarany, Cenayr Maicá, Pedro Ortaça, Jorge Guedes, Jayme Caetano Braun e João Sampaio. Autor de outros livros inéditos, sobre "NO TEMPO DE RAUL SOTERO, Um Trovador Gauchesco", "ZÉ SANTANA, O Trovador Missioneiro", "SÃO BORJA, Terra de Valores Culturais", "TIPOS POPULARES DA MINHA TERRA" (de contos regionais) e "CARLOS GARDEL, El Morocho - Rei do Tango Argentino".
Participa de seminários e ministra palestras sobre Literatura Missioneira. É sócio de várias entidades culturais, como Casa do Poeta Rio-Grandense (CAPORI), UBT (de Porto Alegre), Associação de Trovadores Luiz Müller (de Sapucaia do Sul), Movimento Poético em São Paulo, ASAS e Estância da Poesia Crioula, entre outras. Em dezembro de 2007 , como reconhecimento ao seu trabalho literário, foi escolhido como Patrono da XXII Feira do Livro de São Borja.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário